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quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Amor em Vontade

 Se proibido, não saber
Insiste em mim, o querer
Desabrochar-te ao léu
Um beijo só, iremos ao céu

Talvez eu não devesse
Mas e se tú cresse ?
Que mais vale nosso silêncio
Do que o "surdo" de convênio

Arrisco em te desejar
Pobre coração a soluçar
A cada mãos dadas
A cada... olhadas ! 

Suas digitais em mim guardadas
Teu perfume a instigar
Provocar ! Anseia em validar
O amar, já em nós, marcadas

Arrisca teu corpo em mim
Deixa o entardecer criar jardim
Unissono do desejo são
Percorrendo a sua ordenação
Nos permita sufocar o ar
Que, junto a ti, me faz amar !

......................................A.J. Oliver

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Insonhos

Em meus sonhos, o sabor agridoce de nossa relação ainda tateia os lábios inconsequentes de assobio nobre e apaixonados.

Em meus sonhos o terremoto nunca tremeu e o furação desenfureceu, diminuindo o abismo, que se faz agora, entre você e eu.

Em meus sonhos o senhor caquético não roubou nosso tempo e nem sentou a ponta da mesa de nosso lar instrumental.

Em meus sonhos o caminho para nós está livre, sem obstáculos, sem ameaça de guerra, combatíamos somente o dissabor.

Em meus sonhos você me orienta sobre como andar nas estrelas, comprar planetas e se despedia com um beijo molhado.

Em meus sonhos confessava seus planos e agonias, medos e valentias para manter o rumo, nosso lar, ao paraíso profundo.

Em meu sonhos as "in" eram diretas e o status não mudava, era eu mais você e alegrias triviais.

Em meus sonhos beliscava para acordar e transformar o sonhar em amar.

Te Espero

Escafandre em minhas janelas
o aroma destinado a ti, lançado
pelo arco-íris de minha retina,
que ousado, retém cada detalhe
de vossas pétalas.

Flor de Quaresmeira encoraje-se
e desabroche sobre o broche
enlaçado nas energias enuveadas
que derramam sobre nós.

Apresenta ao fronte a cisão
com o passado pueril e vês
os calabouços de ombros abertos
tateando um novo porvir.

Sem armação, por favor ...

Olhos amendoados, lindos de ver
E escondidos em armação
Te admiro mesmo sem saber
Para te conquistar, qual a provação?

Sei que as vezes muito perto, longe está
Mas para minha mão lhe ofertar
Não há distâncias, só o amar
Enquanto o vinho bebes
Aceite essas flores
Uma para cada Beleza que és!


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Asteroide

 Olá você ai de cima, ser cósmico que antes brilhava e agora em explosão resolveu sair pelo espaço a fora, a tanto tempo dedico minhas súplicas a ti, desejos efêmeros de te ver perto de mim novamente, sentir seu calor a cegar meus olhos, tapa olho que antes me protegia mas que agora restringe, obliqua meu caminho, percurso que eu tive que olhar para trás para a ver a beleza perdida das margens que por cego estar, ignorei.

  Pedi aos céus em momentos de intensa obscuridade, flores do mal, beleza urbana de achar que a realidade é fantasia e criar ilusões onde antes nada se via. Roguei que viesse asteroide para dar nova vida a estrada que achava perdida, mas que era eu quem não a percebia. E perceber é além de ver, é sentir o ar refrescar seus olhos e nem chorar, pois tem a certeza que merece a misericórdia do imperador.

  Reino belo que fez meus diamantes distorcerem os passos firmes dos mal cuidados em areia fofa, tesouros que acordam ante o imprevisível, e não há maior surpresa do que a realidade louca de ser consciente frente aos obstáculos vividos somente por mim.

  Asteroide se me escutou desinforme esses dados de sua central, desplugue a energia vital de seu coração, eu já me arranjei por aqui, o reino é magico e era só eu que cego não vislumbrava o fim das agonias de inverno nos chãos de outono. Sabe asteroide choveu aqui, molharam em mim as lágrimas de verão do imperador, o sol despertou suas pétalas de rara beleza e em cores frias esquentou meu semblante num sorriso sem fim.

  Peço agora ser navegante que pule esse meu pedido, o planeta é lindo e eu sou ele, como mitose aguda visualizo o universo colorido de meus olhos no reino doce banhado por minhas experiências de água salgada, pororoca de sentimentos que causados pelo brilho antes emanado, mas que agora navega no espaço em busca de mais um entrelaçar de mãos. Por isso asteroide querido jogue fora meus pedidos.

  Não venha me encontrar, sou feliz nessa estrada, a cada passo que dou me redescubro e me transformo em algo muito maior que seu poder destrutivo, sou alma, sou cigano de Deus, sou flor, sou leão - eu, enfim sou eu.

  Voltei de meu torpor mental, vivo e energizado nos jardins de Colon, fontes imigrantes, socorristas do universo me banharam no mosteiro, solar a me conscientizar que as janelas da verdade olham em minha direção, reluzem o reino em espelhos d’água, cintilações aglomeradas no visor mental de meus novos atos.

  Aqui asteroide eu me refiz, aqui me larguei, enfim nessa estrada eu intensamente vivo as aluíras que é aprender em tenra pedra dura, exercito meus conceitos para suportar as monções das temperaturas de meu ser.


  Então não emplaque aqui seus ventos enverdejados, Asteroide suma e desapareça, se der me esqueça, fique em si os momentos de rara tristeza que vivi, não terás fotos e nem vídeos dos filosóficos sorrisos que dei e darei a partir daqui, meus olhares estarão em volta a uma proteção natural, estará belo em dizer com sentimentos o quanto viverei feliz. 

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Royals

  Loucuras da consciência invadem meu ser, mãos me tocaram assim de repente, num rompante estarrecedor, os olhos, tal qual, a mais bela pedra preciosa sentiu-se em meu ser, o sangue escorria ao lado de minhas confusões estabilizadas e meu desejo aumentava ao passo que o êxtase da sua vida se entrelaçava com a minha.

  A noite uivava para nosso encontro, amedrontava-se com nossa relação magistral, intimidades exercendo seu papel de intensificar as relações separadas pelo mestre das ampulhetas.

  Reencontros a cada segundo, a uma velocidade iluminada que engolia nossas vontades, atropelados pela paixão, pelo desejo de abraçar mais uma vez a energia que brota de seu espirito.

  A pele arrepiada dava o sinal de que a hora do sustento já chegava em seu atraso quase fraternal, como lobos corremos pelas florestas de nosso pensar, criando cenas dantescas de paixão e aventura.

  A cada milímetros que íamos nos aproximando uma nova aventura, o core pulsava em mil cores, pintávamos o ambiente com o arco-íris que queríamos, flechas flamejantes de sentimentos e desejos provocavam nossos corpos, e o habitual formalismo foi dando espaço a uma intimidade prazerosa e extraordinária.

  E num estalar de estrelas o fogo queimou nossas mãos, adentrou nosso fluxo vital, pelos olhares invadiu a nossa alma e finalmente sob um júbilo de Deuses os lábios se tocaram, dando inicio a uma batalha pelo espaço, um querendo ter mais daquele pequeno universo.

  Os dedos entrelaçavam, a musculatura antes aberta flexionava diante da tensão causada pelo choque das energias em comunhão, mentes num só propósito de fluir as vontades guardadas a anos, tempos antigos de aflição que agora se resumiam a pó, substituída por desejos e carícias.

  O perfume emanado de seu corpo deslizava por minha alma, me atiçava e comprimia-me a um estado de alerta, quem era? Quem pudera, assim, me enlouquecer, suspeitava de algo, mas era simplesmente seu ser a se acoplar ao meu.

  Tentei me recompor alimentando meu corpo, mas era impossível tirar meus olhos daquela figura emblemática que tinha, por mágica, saído de meus sonhos e transformando-se em realidade. Não comi direito, sai logo dali, queria mais daquele néctar a abençoar meu ego e espirito, estava alucinado e louco para concretizar meus pensamentos vagos.

  Minha mente divagava, só queria decolar com minha nave e leva-la ao espaço infinito, aos céus, e foi o que eu fiz, com a permissão de minha deusa, transformei meu alazão em nave espacial e parti ruma as estrelas.

  O caminho foi leve e repleto de nossos espelhos, não esquecíamos nem por um minuto quem éramos, mas agora, nos permitíamos a ver o cosmos em sua essência mais bela.

  Suas mãos que antes se encontrava com as minhas, agora jubilava em meu corpo fazendo minhas pupilas saltarem sobre seus misteriosos olhares diante de nossos beijos acalorados, com intensa troca de carinho e permisas, naquele momento éramos somente eu e ela.

  Posso ainda hoje sentir o aroma de seu corpo encostado ao meu, forte, agridoce, intenso, espetacular sintoma do desejo e carinho que possuía todos meus sentidos.

  Ensejo seu sabor a beijar-me calmamente em seu frisson louco, lábios ardentes que me provocam, chamam meu signo a suas paragens, e eu ousado vou e entrego a ti tudo que posso.

  Abraços fortes a deixar marcas nos meus pensamentos, em meu corpo os sinais do desejo a lembrar-me do momento mágico, prazer a fazer criações diárias sobre como devemos ou podemos caminhar, as nuvens parecem tão pequenas daqui de cima.

  Frisson que retorna, um vai e vem psiquiátrico a deixar meu sangue mais vermelho, energia nova a domar meus monstros, lugar agradável a permitir dar ar aos meus instintos.

  Suas mãos e seus beijos navegavam em meu luar, o sol escondia de seus encantos, o mar de seus desejos serpenteava seu ser e molhava-me com seus olhares tiços de ver e sentir o ar que soprava de nossas imaginações irreais que solidificaram num momento de raro prazer.

  Com a tênue luz vejo e recobro sua silhueta, ondas a maquinar meus braços e lábios, os cabelos soltos atreviam-se em tocar minha pele e fazer disso mais um circo, onde nos entendíamos na deselegância de nos permitir sentir.

  Um momento a durar mais que a cronologia atual da humanidade, víamos agora como uma verdadeira chama que aos poucos se misturavam e se atiçavam ao vento das palavras proferidas.

  O reino estava concretizado e na mágica da vida, finalmente, éramos um só, uma única luz a iluminar os desejos e prazeres de um universo todo, as estrelas sorriam e se divertiam com a cena quase que vulgar da dança realizada de nossas almas.

 As flores abriram somente com o toque de suas mãos em meu ser, o brilho daquele momento desabrocha ainda nas ondas vibratórias do universo, do nosso mundo, do que vai ser.

 O ar fica mais leve ao som de sua voz que estarrece em meus ouvidos palavras impronunciáveis da magia, que perene, habita nossos sonhos, espantando desvalentes, melindres que somem quando me beija.

  E nessa levada de coisas, a poesia fica mais instigante, a prosa vira carta para qualquer um que queira replicar o impossível, o nosso momento de amor.


terça-feira, 8 de julho de 2014

Me desculpe por meus atos criança


  Da onde vem esse medo que descubro agora, vem da perda, da perdição, da falta que me faz tua luz, mágica dolorosa, que adentrou os meus poros e me fez um ser febril, em toda sua plenitude eu te vivi, compartilhei sonhos e festas ricas e pueris, buscando soluções entre um beijo ou outro.  

  Me desculpe por meus atos, ações infundadas que só causaram dor e remorso, e num momento perguntei-me olhando o vento brilhar, o que pensavas quando minh’alma ainda não se tinha armadurado, quais eram os planos? O que tinha vislumbrado para mim?

  Não há lugar que eu vá que eu não rememorizo seus sorrisos, não há calçada que eu ande sem correr o risco de me jogar no mar de asfalto, te salvando de monstros que avermelham seus olhos e ouvidos, mesmo agora, inflamando sua alma.

  Me culpo pelo atual momento, não acredito que atrapalhei sua vida e de todos, minha chegada só trouxe bombons docemente amargos pelo fel de minha presença, que pressentiu ciúmes e barcos à deriva no mar de lágrimas que é a existência.

  Você nem imagina a vida que te espera, abre seus olhos, pois o espaço não me deixa controlar seu tempo, a angustia toma conta do duo que sou hoje, desejo a todo instante te avisar que às vezes o cego não abraça, e assim, escapa da rota de fuga dos melindres futuristas.

  Não sou o filho que queria, não sou o homem que queria, não sou o irmão que queria, eu não sou o que eu queria.

  Me indago, era para pisar na lama desse jeito? Porque eu quis ir à festa! Sem sentido.

  Não enxergo por vezes como me equilibro em rochas pesadas, as mesmas doem em meu rosto toda vez que me lembro das chamas que te queimaram para que tu fosses o que és hoje, um ser admirável.

  Maravilhas  cinjas de um tempo onde o pequeno era rei e tinha o destina como servo, bastou-lhe um abraço no começo e outro ao fim da linha para que gelos descessem do fogaréu de sua trilha.

  Me desculpe por me sentir o estorvo, me desculpe pelas desculpas, eu sei o quanto isso é irritante e fardoso numa mente sã, me descause a maneira rude que lido com minhas pegadas, que ao tilintar de uma tempestade vão descuidando-se até esquecerem.

  Não conheço mais minhas qualidades, vivo alternadamente em mundos disvirtuadamente paralelos, só vejo algo do que um dia foi, mas foi e ainda não voltou, mesmo assim me desculpe, estou cego.

  Peço, e clamo a algo o poder de voltar , apertar o regredir das coisas somente para avisar como é belo o bater das ondas nas rochas e perceber se o vento ainda esta forte, vai, ande logo, o tempo não para e mesmo sabendo disso é quase impossível ver o novo sendo capa de museus, vidraças a expor o que um dia foi e não é mais.

  Às vezes me findo, sorrio os sorrisos que deveriam ser mais alegres, sou pequeno, o grão é montanha ante meus olhos que inertes se deixam levar pelo espelho mal fundado.

  As falhas da minha lona são invisíveis perto da falta do palhaço, mas o show tem que continuar, só esperava menos drama e mais comédia.

  Continuo a crer na filosofia da porta que tem tranca, mas não consegue se fechar, acredito que esse não era o sonho alimentado, qual era? Como se chega ao mar de estrelas, afinal, de quem é a culpa?


  E me termino, me confundindo com isso ou comigo, mas sempre lhe pedindo pelos males que queimam a alma e criam tempestades, me desculpe, em alguma parte eu ainda lhe sinto e vivo.