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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Nós acabamos por que eu respeitei as suas vontades, SORRY!

Numa tardezinha quando a terra precisava da chuva, a Rosa, magnífica estrela em pétalas, se feriu com seu próprio espinho. O que fazer, a rosa precisa do seu espinho, sem ele, ela se mostra ao mundo um ser frágil, sem ele ela deixa de ter a pura sensualidade da vida, assim ninguém pode existir nesse mundo, sentindo-se como que a viver sozinho.
Na mais luminosa parte de nossa ampulheta cotidiana o imenso Rei pôs-se a bilhar, majestosamente, amarelo sobre nós, deixando uma leve brisa, morna, entrar pelos poros, Rosa que sofria com seus próprios espinhos, desesperara-se com a situação um tanto quanto embaraçosa, principalmente por ela achar-se um significante exemplar de como a vida é bela. Sentiu-se traída pelo destino de seu crescimento, tão glamurosa e cheia de si, não prestou atenção em seus próprios caminhos, em como seus espinhos cresciam em direção a sua beleza.
Desde essa situação, Rosa, sofre, e quanto mais se fecha mais seus espinhos a tocam e a ferem, ela sabia que precisava de cuidados, mas quem, sua trajetória tinha sido isolada, e no meio daquele deserto, como cuidar-se.
 Como desfazer os estragos de seus espinhos, e como tudo pode atempestadiar-se, formigas lhe vem sobre sua linda linha verde, a fazer cócegas e a machucar ainda mais, o que Rosa não sabia é que algo maior estava acontecendo, Haegla, uma menina atrapalhada deixou cair suas amigas formigas, muito atenciosa, freqüentemente saía com elas para que elas tivessem contato com Gaia, e como tudo que via na natureza lhe interessava, ao abaixar-se para tentar organizar a casa das formigas, Haegla viu Rosa, então em seu estado perturbador, carinhosamente pôs-se a ajudar a grã-pequenina flor, assim iniciou-se um trabalho de separar os espinhos de Rosa de suas folhas e pétalas.
A vida é luxuosa em sua simplicidade, Rosa acabava de perceber isso, como um amigo pode ser uma jóia rara, realmente seres assim não se encontram em qualquer lugar, Rosa sentia-se como que tivesse a desvendar um mistério, a ganhar um tesouro, que iria guardar em sua infinita alma, aprenderá a amar.
E agora, Rosa perguntava a si, e Haegla, como que se pudesse ouvi-la, disse-lhe que acreditava em uma força maior, ela mesma tinha saído também para fugir de sua casa, e Rosa a fizera recordar o quanto é bom ter uma família, amigos, que eles são anjos que Deus envia para que na alegria, sorriam, quando na tristeza chorem, quando em fuga, te levam a lutar e a enfrentar seus medos, te afugentam da solidão, salva lhes a vida.
Rosa como que por impulso abriu-se ainda mais para Haegla, dizendo em atitudes que era grata, que agora eram amigas, e pra valer, por toda vida, ate o físico celestiar em nuvens os pensamentos, somos amigos.
Haegla , em choro, só lhe disse:
-- Vamos sempre a lutar, por hoje nós acabamos, por que eu respeitei suas vontades, sorry, não poder ficar mais.
Agora se distanciavam, o crepúsculo já se tornava visível, Haegla voltava para sua família, com mais uma amiga é verdade, mas acima de tudo com o sol em seu coração.
(Autor: Allan Jefferson de Oliveira – crônica inspirada livremente na música de chitãozinho e xororó  – “A canção da amizade”)

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