É interessante como o medo
pode dizer muito a nosso respeito, como ele pode se transmutar entre um Yorkshire
de Neville, ao sul de Ohio e um dragão marinho de três cabeças estremófilas de
Nakanoshima, sul da ilha de Oki, parte integrante do país invertido que ainda
cultiva a comunhão com o universo, algo démodé no ocidente.
Mas algo que é comum tanto a
um ponto quanto a outro é o fato de que é habitado por humanos, o que era para
ser até mesmo um pleonasmo, nos dias atuais torna-se algo de muita relevância
já que esses melindres ditam fases e ciclos na vida de um terráqueo, sendo assim,
uma lente de aumento a toda comunidade de que somos iguais e que erramos.
O humano vive na sombra de
seu medo, é algo idolatrado pelos seres, é subdividido, é superestimado, é um
personagem da nossa vida cotidiana, muitos se pegam pensando como seria ser invisível,
o medo sabe, o medo ronda a história humana, é ele o grande garanhão terrestre.
É ele por detrás dos
instintos e das nossas paralisações, é ele a se esconder em momentos que
deveria aparecer e mostrar sua mais felina face de reptil, é ele com o casaco
marrom furado, chapéu e sapatos furados do outro lado da rua, é ele que irá
guiar os passos de nossos antigos filhos, dos presentes e dos da era da
evolução das revoluções.
Processos regenerativos, tal
qual residente vil numa versão estratosférica, irão nos reprogramar e nos
estudar, há um novo plano para esses grã-habitantes do planetinha azul
cobreado, e o medo há de ser ressiginificado, nossos melindres e bichos-papões
seguirão o caminho do descortinamento e uma nova raça irá surgir, uma séria de indivíduos
escolhidos pela lei natural que se auto-conheceram.
E então esse mutante
tão presente em nossas vidas irá enfim aparecer em sua mais verdadeira face, a
nossa mesma, a nossa imagem, tal qual a de Deus.
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