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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Respeitemos o nosso medo de cada dia


  É interessante como o medo pode dizer muito a nosso respeito, como ele pode se transmutar entre um Yorkshire de Neville, ao sul de Ohio e um dragão marinho de três cabeças estremófilas de Nakanoshima, sul da ilha de Oki, parte integrante do país invertido que ainda cultiva a comunhão com o universo, algo démodé no ocidente.

  Mas algo que é comum tanto a um ponto quanto a outro é o fato de que é habitado por humanos, o que era para ser até mesmo um pleonasmo, nos dias atuais torna-se algo de muita relevância já que esses melindres ditam fases e ciclos na vida de um terráqueo, sendo assim, uma lente de aumento a toda comunidade de que somos iguais e que erramos.

  O humano vive na sombra de seu medo, é algo idolatrado pelos seres, é subdividido, é superestimado, é um personagem da nossa vida cotidiana, muitos se pegam pensando como seria ser invisível, o medo sabe, o medo ronda a história humana, é ele o grande garanhão terrestre.

  É ele por detrás dos instintos e das nossas paralisações, é ele a se esconder em momentos que deveria aparecer e mostrar sua mais felina face de reptil, é ele com o casaco marrom furado, chapéu e sapatos furados do outro lado da rua, é ele que irá guiar os passos de nossos antigos filhos, dos presentes e dos da era da evolução das revoluções.

 Processos regenerativos, tal qual residente vil numa versão estratosférica, irão nos reprogramar e nos estudar, há um novo plano para esses grã-habitantes do planetinha azul cobreado, e o medo há de ser ressiginificado, nossos melindres e bichos-papões seguirão o caminho do descortinamento e uma nova raça irá surgir, uma séria de indivíduos escolhidos pela lei natural que se auto-conheceram.


  E então esse mutante tão presente em nossas vidas irá enfim aparecer em sua mais verdadeira face, a nossa mesma, a nossa imagem, tal qual a de Deus.

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