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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

CHUVAS

Eu costumava ter um amor, mas foi acontecendo coisas estranhas, um monte de experiências não vividas, eu sempre falava que se me deixar, por favor, desrespeite as regras e me dê muita morfina, nem precisava deixar em mãos, bastava deixar na porta que tinha deixada entreaberta.
É sério necessito de imensa quantidade de medicamentos, pois ainda hoje não consigo perceber que o que costumávamos ter, hoje, não existe mais.
Por um tempo eu até que tentei usufruir dos poderes de uma religião, mas nem poderia me salvar. Sabe, não importa quanto tempo minhas folhas ainda estão no chão, só tenho em mente todos os sacrifícios que estou fazendo, e você deveria fazer isso também, acredite em mim.
Só tenho em mente todos os sacrifícios que fiz para manter você ao meu lado, evitar que tu saísses pela porta.
Tudo isso por que eu sei que não há luz do sol, da lua ou mesmo das estrelas, se eu continuar a perder você, não existirá céu claro, se eu perder você, irei fazer o mesmo que o imenso lugar das gloriosas nuvens, em meus dias, em meu rosto, só se fará chover, chover, chover.
Você sabe que eu nunca irei ser o favorito de sua mãe, e que o lado paternal não me agüenta olhar nos olhos, mas acredite mesmo assim acredito, realmente, que são boas pessoas, talvez no lugar deles tivesse feito o mesmo, repetindo a mesma fala:
Lá vai mais uma vez minha menininha sair com aquele bendito cara problemático.
Mas nós dois sabemos que apenas estão com medo de algo que nem eles entendem.
Acho que você também, assim como eu, não está muito diferente, não é?
Se você me permitisse, por você eu tentaria muitas vezes mais mudar a mente deles, por você eu tentaria. Mas por enquanto recolherei as nossas peças, até que eu esteja sangrando, quem sabe isso não faça mudares de idéia.
Eu ainda fico a imaginar se com você acontece ou aconteceu pelo menos uma única vez o mesmo que acontece comigo, ver os dias escuros sem a luz do sol, ou da lua, ou mesmo das estrelas, se você se perguntou sobre minha ausência e que isso teria conseqüências na cor do mundo, sem céus claros.
Será que pensou sobre minhas atitudes e teve saudades fazendo em seu belo rosto chover, chover, chover.
Enquanto isso continuarei a recolher os móveis quebrados do nosso lar, você sabe que eu rei sangrar, tenho fé que isso possa fazer você mudar de opinião.
Isso tem que dar certo!
E assim, até que você deixe de fugir. Sim, ninguém sabe, mas eu sei, e devo ser o único que sabe que você fugiu.
Meus dias ou minhas noites serão apáticas, será tempos sem o brilho do rei sol, da lua ou mesmo das estrelas, até que não perderei mais você, enquanto isso, somente a ausência de céus claros.
Deixe as nuvens, deixe para lá elas, pois irei fazer o mesmo que elas todo santo dia.
Chover, chover, chover...
(Adaptação da musica “It will rain” – Bruno Mars)

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