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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A Caminhada

A caminhada tinha sido longa e ainda lhe faltava uns pás de pés a serem gastos, mas o homem, franzino em sua estrutura, psíquica, não podia reclamar, afinal, durante todo esse tempo recebera ajuda de Gaia, um ser com enorme poder de destinar os destinos de cada um que atravessasse ou andasse-lhe lado a lado com sua vida.
O homem, para não acabar por fazer o “infazivel”, tinha que sempre procurar ocupar-se com algo, senão, seu calcanhar, o mesmo que derrubou o guerreiro, só que o dele estava localizado na memória, um equivoco de sua amiga, que num determinado tempo, mandou para o homem determinado, uma amiga, o ia fazer-lhe ter estragos em seus olhos.
A caminhada estava cansativa, os arvoredos estavam em plenitude na planície da floresta, a terra que subia de seu andar, já lhe incomodava as narinas, alérgico, decidiu-se por parar um tempo, um momento importante, onde de longe Gaia via seu pupilo ser posto a prova.
Ele, exausto, não pode mais se conter, e lembrou-se daquele ser que tanto amara, e que ainda agora ama, mesmo que seus pensamentos sejam fugidios a esse respeito.
Lembra-se de quando Gaia lhe mandou aquele abraço em forma de ser, uma linda ave cantora, que mesmo em céu noturno, resplandecia suas penas, em tom amareladas, tais como estrelas do infinito.
 Passaram por muito bons momentos, situações de risos, cantorias e afagos, porém, a floresta que sempre permeou o longo caminho interminável do homem, sempre guardava armadilhas, resultante de sentimento tempestuoso de Gaia, que naquele instante retinha pesar sobre a relação mágica do homem e de sua estrela cantante.
Ventos, trovões, raios e relâmpagos atormentaram o caminhar dos dois amigos naquela noite, assustada, estrela começa a perder seu brilho e como num relance ela foge, o homem tenta segurá-la, em vão.
O homem lembra-se das ultimas palavras trocadas, pedindo para esperar, para não ir que a chuva irá passar, e ela esbravejando que nunca conseguiria lhe proteger, não podemos comandar os destinos, se eu ficar irei morrer, e com um afluente em sua face, o homem, deixa-a ir, enquanto lhe diz:
Vá, e jogue sua alma por todas as portas abertas, ate, enfim, reencontrar a minha.
O homem acorda de seu transe e mesmo que sentisse ainda os sintomas da alergia de a poucos, levanta-se e põe-se a caminhar, Gaia estava feliz, mas preocupada, pois o homem, ainda espera sua velha amiga retornar, voltar do infinito de suas lembranças para seu terno abraço.  

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