Saímos e dançamos ao som de uma guerra silenciosa, ruas e
avenidas tomadas por bastonetes, cotonetes violentos de uma língua afiadamente
venenosa que insistia em se lançar sobre os colonos, nada mais importava, somente
a honra de uma plantação ainda nem semeada.
Eram dizeres para todos os lados, principalmente para o lado
interno de cada um, a paciência esgotara-se para, se os anjos assim quisessem, nunca
mais voltar. Os gemidos pudemos ouvir a anos de distância, eram gritos de
nossos pais a preocuparem se com nossas anarquias domésticas que tanto custava
a nossas bocas, necessidade intermitente a disser quem era o herói recém-criado
da imaginação coletiva de um homem só.
O mar se lançava pelos asfaltos de um campo cinza e sem cor,
que agora estava vibrante, estava a criar rosas de lágrimas, flores do querer
cidadânico, que desabrochavam a cada momento que emergia pelo ar o hino
nacional.
Momento de rara beleza, baleias e golfinhos dançavam em
pratos gigantes, profanavam palavras poéticas sobre determinação, ao fundo os
gêmeos só olhavam a fim de fuxicar à mulher com o pano na cara, a cegueira
deveria ser uma qualidade, porém , ainda é vitima de uma grave doença, 'Julgusparcialis domesticalentos', ela faz a cega ver e andar rumo a fuga de suas
responsabilidades.
Grandes mentes se fizeram por pequenos gestos, gestos diários
de um mundo que quer ser mudado, um pão sovado a duras surras de um povo recém-lançado
a revolução, uma máquina a lavar nossas besteiras e erros pueris.
Todo tempo é tempo de se benzer na busca pelas suas
ideologias, reza santa de uma democracia, movimento rítmico de dança republicana
a lançar-se no espaço das marionetes obscuras.
Mentes poluídas a barrar o caminho alegre do bem estar, da
sabedoria coletiva que quer evoluir e amadurecer, já chega de poderes tirânicos
a satisfazer vontades nefastas de jugos nepotistas da cerne além-terra.
Caminhar, lutando, segurando o sangue de seus ideais, empunhando
desejos de criar um novo eu coletivo, um herói sem dono, uma vida sem
abandonos, tudo é possível no país da sacanagem levada a sério, o inacreditável
torna santa solução possível à luz dos olhos dos filhos que não fogem e nunca
fugirão a luta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentem aqui...