Perdoe-me pelo meu passado, ele se extraviou no futuro de
minhas emoções, sei que quanto mais eu corro, mais eu paro em desatinos extravagantes,
realmente me perdi nos sentimentos corriqueiros por ti e me fundi ao cotidiano
frágil. Suas sandices me faziam feliz e sinto saudades.
A distância que mais corrói é a emocional, é ela que faz com
que você cumprimente a todos e me pule de seus abraços, a dor cega e depois
esclarece o quanto de ti, minha mente perdeu. Eram desafios eternos, dias intensos
do mais divino calor, erros conhecidos, não impedidos.
Me desculpe pelas invasivas, mas eu estava em guerra e o prêmio
era você, só a ti não confiaram esse segredo, eu estava encurralado e a fuga
era sinal de derrota, naturaliza-me pois assim os desaforos sumir-se-ão tal
qual poeira na vastidão.
O deserto tem seus altos e baixos climas e tu não
apercebeste que lhe impunham verdades imperfeitas, principalmente sobre mim,
pequena flor de lis, eu quis ser forte e não me adoentar, mas a mente humana
não é e nunca será uma ciência exata, temos imperfeições que mesmo que
entendamos dificilmente aceitamos nossos sagrados pecados decorrentes da
fragilidade corriqueira.
É de difícil entendimento do por que o sapo vira príncipe e
a bela casa-se com um ogro e vão morar nas estrelas, eu aceitei essa verdade,
desde o inicio sabia que sua linha mal traçada terminaria torta, mas a ti coube
um simples abraço, e nem eu estando num leito de quase fúnebre você criou
coragem para tal feito, ainda me pergunto na noites insones se era por medo de
amar ou pela vontade de fugir, fato era que com o passar das luas, caiu ,entre
irmãos, de sua rubesça o covarde vinho originado das
sua janelas d’alma.
Os anos passam e vamos nos acostumando com o tempo maluco de
nossa era, talvez seja preciso esse momento para depurarmos as flores do diabo
que colhemos em nossas aptidões, mas uma coisa não mudará, a imagem, o cheiro e
a sensação que vivemos nas tardes de domingo, onde isolados podíamos sermos nós
e eu sentia toda sua verdade através de seu descanso em meu peito.
Não ignore minhas determinadas vontades de lhe fazer feliz,
nem sempre elas vêm ou vieram em forma verde, às vezes aparece na forma de
prece e do tato todo abafado pela sua cegueira presente em todo clérigo.
Exime-me da culpa, pois eu mesmo no fim só queria fazer
nascer o sol, assim a luz penetraria em sua alma, a veria feliz e eu suas
esmeraldas verdes mais uma única vez se entrelaçar aos meus.
Desculpe-me por querer ver estrelas!
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