Estava eu no meu sossego, como se toda e qualquer gaivota, não pudesse me atingir, seguia meu caminho, livre de qualquer rascunho escrito num papel furado, nada e nem ninguém me atingiriam naquele momento feroz de minh'alma.
Eu era cercado de arbustos verdes, tons sobre tons, criando uma atmosfera perfeita para meu caminhar aconchegante, em busca de respostas, sobre meu frágil forte, o meu corpo.
As flores perfumavam minhas ideias em busca das melhores soluções, as mais malucas e extravagantes para aquele momento, já era tarde e meus olhos começavam a apredejar-se, uma luz cegou-me de vez, um feixe que abriu meus horizontes, e então, ..., parei!
Para que eu iria me enforcar em meu próprio lençol, objeto esse sujo pelas minhas próprias mãos, de Branco virou vermelho balbon que transformou-se em desejos camuflados.
Desejos enraizados nos meus ideais de sobrevivência, quase uma relação celestial, onde pude notar a falta de meu reflexo, aquele ser que nos contradiz, fazendo o mesmo, mas exatamente igual, aos meus ideais.
Foi quando como que num fado nos encontramos, um momento mágico da mais pura beleza, que enradiou luz até mesmo para as maiores estrelas, entre ela e eu.
Seu olhar me seguia para onde eu fosse, olhares ferozes e acalmantes, que davam forças e suplicas ao mesmo tempo em que combatia minha palidez de vida, olhar que me dava cor, mesmo estando eu na mais penumbra escuridão.
Fiz loucuras para que aqueles olhos nunca paressem de me olhar e me guiar, para o mais alto infinito que uma pessoa possa ir sem se machucar, nos galhos ruprestes divinos.
Mas foi tudo em vão, ele era mágico, e uma hora a mágica faz desaparecer o indesaparecivel, como um tufão, lavrou minhas feridas para o mais longe de mim e como cometa deixou seu rastro de fogo gélido a suspirar sob meu fogo plasmático.
Ahhh! Como é bom rever seus olhos mágicos que na mais profunda certeza, ainda tem saudades de se queimar e pagar para ver se queima em minhas suaves mãos.
Esses olhos famintos realmente não tem coração...
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