Ainda podemos ter o brilho das estrelas em nossa vida

Sabe, você pode me esperar como fazia antes, acho que não, o momento é outro, não é mesmo, sei que você deve estar cansada, mas me escuta, o que me diz de contar outra história, por que essa eu nem quero mais ouvir.

Fiquei sabendo que você anda por cima de uma brisa suave, bem diferente do nosso tempo, em uma nova vida, onde muito de seus desejos se realizaram, acho que essa nova vida lhe deu coisas que eu não pude.

O céu tem tantas estrelas, me questiono como pude achar que saberia quantas tem, como você pode achar que posso te esquecer. Como assim, ontem tínhamos tantas coisas em comum, mas ontem fez três anos mês passado, eu acreditei nisso, em nossa plena harmonia.

Não adianta me contar que o lance é com você, que quer outra coisa para viver.

Não precisa se mostrar tímida, você não é assim, e nem mesmo tão fria, estamos perto da linha do equador, meu bem, temos muita luz, não se esconda da luz, me desculpe se entrei sem ser convidado, mas é que não consegui evitar dessa vez, será que se você me olhasse mais uma vez, mais uma única vez, como antes, o tempo seria outro.

Eu sei que quer, na realidade, ter uma nobreza, que deseja fugir, é isso que os reis e rainhas fazem quando a tempestade bate a sua porta. Sabe! Eu lamento tanto, o rio esteve comigo por instantes e deixei-o cair de minhas mãos, evaporando-se em meio aos conflitos.

Ainda posso ouvi-la dizer que às vezes o amor dura, em outras ele somente nos machuca, deixa prá lá, eu não desejo nada menos do que o melhor pra ti e sua nova vida.

Vai! Pode ir, eu ainda acredito em nossos momentos, que um dia tu irás recordar de mim, admitir para si mesma que eu vivi por você, que eu morri por você, e sendo assim, renascerei por você, tal como fênix saindo do inferno de Hades.

Ainda encontrarei alguém como você, talvez eu comece pelo mundo dos reflexos, esquece isso também, somente tu saberias que o tempo voa, e a instantes atrás foi o tempo de nossas vidas, evoluímos na neblina de um verão qualquer.

Vai meu bem, aproveita que as portas ainda estão abertas para ti, aproveita que elas são mentiras minhas, na verdade nunca existiram.

Saia por uma delas e veja a vida como quer, mas deixa ser vista também, se acha que sabe voar, então voe, assim quando estiver caindo num abismo maior que teu orgulho, eu poderei pelo menos fazer chover.

Eu, realmente, acredito que somos unidos pela surpresa de cada amanhecer, e apesar de que para mim, nada acabou, pode ir, e viva a sua nova vida.

Mentiras só fizeram termos mais sofrimento, não repita para si que alguém, como eu, te segurou por alguns momentos, isso não aconteceu, e sabes disso tudo, então, por que acreditar em falsas mentiras, geradas por ti, para simplesmente retardar o momento que terás, que enfim, atender a porta.

O amor às vezes dura, mas vezes ele só fere, eu acredito em nossa vida, a mesma que me sorri toda manhã.

Voe! Eu guardo toda nossa vida genial, longe ou mesmo perto de mim, ao contrario que disseram para você, eu agüento, eu nunca quis isso, mas, sim, estarei aqui na única vida que ficou em minha vida.

Não se preocupe meu bem, voe, se acha que pode, mas sei que lamentações e erros são conseqüências de nossas memórias, não se compare, as lembranças, realmente tem um gosta amargo que permeia nossas mentes, não se importe, ficara um imenso vazio.

Mas eu desejo pra ti nada além do melhor, e tentarei encontrar alguém como você, mesmo sabendo que não existirá mais nenhum ser capaz de harmonizar-se com os gloriosos raios solares da manhã, somos unidos por todo amanhecer.

Voe! Se você acha que pode, saia e se arrisque, voe,..., de volta para mim. 

(Autor: Allan Jefferson de Oliveira, crônica inspirada livremente de “Vai – Ana Carolina” e “Someone like you - Adele”)