Pesquisar este blog

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Melindres de apliques romanos

Fugir já não adiantará de nada, cavalos voadores correm entre as nuvens, clareando as estradas com suas vontades intermináveis de nos encontrar, flamejam raios, visão sobrenatural da poderosa gama de Deus.

Olhar nos cegará os sentimentos, amedrontados raivaremos contra quem pode verdadeiramente nos amar, ato complexo em sua simplicidade melindrosa quando o que mais queria era esculpir coragem usando goivas forjadas no fogo de suas fobias.

Extasiadamente angustiada se propõe a voar e combater dragões, mas seus pés no chão atrapalham uma ampla visão, as nuvens de Pasargada assobiam cânticos de guerra ao ritmo de baião, o estrondo já vinha, balas e canhões só deixariam mais um coração partido.

 As flores murchavam ao passo que o confronto se dava, a beleza do universo nada mais era, agora, do que expectadores de uma luta intima. Uma guerra que quem somente perdia era a própria pessoa que muito preocupada em manter a linha que daria seu caminho de volta donde nunca saíra, nem via o seu se machucar.

Perde-se muitas oportunidades numa sangrenta guerra de danças e beliscos, hipocrisia a defender a mascara de forte, realmente, é uma lamúria a tal rara beleza não deixar as mascaras caírem, suas pétalas são tão mais belas no ar, uma lástima gostar tanto de suas raízes.

As coisas se permeiam na eternidade não pela sua materialidade mas sim pela sua alma, sua esperança, seu poder de amar e enfrentar oceanos se preciso só pelo prazer de ter uma única oportunidade de, simplesmente, pular.

O céu escurece, os cavalos aportam suas faíscas, seus raios queimam nossas florestas, as ruas se transformam em veias onde os glóbulos das incertezas luta por um espaço no caos da esperança, de malas prontas, se posiciona, flexiona os punhos e cerra o olhar, o mesmo que impossibilitado de voar, sonha, lança para o céu todo seu esplendor, vendo a mensagem, o Cosmo avisa a Káiros e a ajuda atemporal das passageiras vestimentas vem trajadas de anjos.

Amuletos e pedras são usadas, finalmente o confuso texto se finaliza, a trégua se faz até segunda ordem de chegada. Fénix à vista, uma pena no chão, suspiros e canetas memorizam a nova realidade. Infelizmente é só a primeira, a guerra não acabou.

Até a segunda, até a segunda meu bem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentem aqui...