Fugir já não adiantará de nada,
cavalos voadores correm entre as nuvens, clareando as estradas com suas
vontades intermináveis de nos encontrar, flamejam raios, visão sobrenatural da
poderosa gama de Deus.
Olhar nos cegará os sentimentos,
amedrontados raivaremos contra quem pode verdadeiramente nos amar, ato complexo
em sua simplicidade melindrosa quando o que mais queria era esculpir coragem
usando goivas forjadas no fogo de suas fobias.
Extasiadamente angustiada se propõe
a voar e combater dragões, mas seus pés no chão atrapalham uma ampla visão, as
nuvens de Pasargada assobiam cânticos de guerra ao ritmo de baião, o estrondo já
vinha, balas e canhões só deixariam mais um coração partido.
As flores murchavam ao passo que o confronto
se dava, a beleza do universo nada mais era, agora, do que expectadores de uma
luta intima. Uma guerra que quem somente perdia era a própria pessoa que muito
preocupada em manter a linha que daria seu caminho de volta donde nunca saíra,
nem via o seu se machucar.
Perde-se muitas oportunidades
numa sangrenta guerra de danças e beliscos, hipocrisia a defender a mascara de
forte, realmente, é uma lamúria a tal rara beleza não deixar as mascaras caírem,
suas pétalas são tão mais belas no ar, uma lástima gostar tanto de suas raízes.
As coisas se permeiam na
eternidade não pela sua materialidade mas sim pela sua alma, sua esperança, seu
poder de amar e enfrentar oceanos se preciso só pelo prazer de ter uma única
oportunidade de, simplesmente, pular.
O céu escurece, os cavalos
aportam suas faíscas, seus raios queimam nossas florestas, as ruas se
transformam em veias onde os glóbulos das incertezas luta por um espaço no caos
da esperança, de malas prontas, se posiciona, flexiona os punhos e cerra o
olhar, o mesmo que impossibilitado de voar, sonha, lança para o céu todo seu
esplendor, vendo a mensagem, o Cosmo avisa a Káiros e a ajuda atemporal das
passageiras vestimentas vem trajadas de anjos.
Amuletos e pedras são usadas,
finalmente o confuso texto se finaliza, a trégua se faz até segunda ordem de
chegada. Fénix à vista, uma pena no chão, suspiros e canetas memorizam a nova
realidade. Infelizmente é só a primeira, a guerra não acabou.
Até a segunda, até a segunda meu
bem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentem aqui...