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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O pôr de momentos cruciais

  Tentei falar, fazer você me escutar, os barulhos a nossa volta eram terríveis, eu já tinha me acostumado com eles, ruídos a sussurrar fofocas intergalácticas, lhe atentei que isso pudesse acontecer, mas você era só ouvidos a rua, a parcerias virtuais que nunca serão leais a ti.

  No inicio precisou e eu estava lá, presenciei minhas atitudes, eu tentei, fiz o que era necessário, mas o luar não te inspirava por mais que eu dissesse “olha aqui”, você entrava numa guerra já esperando sua derrota, nem aguentou eu reunir minhas armas.

  Eu vinha de batalhas sangrentas, onde o prêmio era minha carne, não quis que esperasse nada de mim, você esperou valsas aonde só tinha pedras rolando, minérios estilhaçados de minh’alma.

  Sabe às vezes sou triste, às vezes feliz, mas acredito que numa guerra aprendemos a dar valor a momentos singelos e delicados, invisíveis a olhos grosseiros, às vezes me perco em meu próprio caminho, e nem eu sei quem eu sou.

  Você não entendeu, eu já sofri demais em guerras passadas, perdi coisas de valor inigualáveis, bens que eu tento até hoje reconstruir, nem minhas súplicas fizeram com que você percebesse que eu nunca comparei guerras, mas é que eu tinha traumas para esquecer.

  Não pense que é fácil ser guerreiro, quando durmo sonho com batalhas terríveis, sonho com a morte, sinto de novo a infância morrer em meus braços, e é trágico a rotina de crer numa liberdade que em segundos se mostra a pior das celas, a desconfiança vêm à tona e insisti em domar-me.

  Eu até compreendi suas cartas e marcações, tentava fazer com que eu me esquecesse de tudo e vivesse uma nova era, mas sinceramente precisei de mais tempo em nosso momento, você não entendeu assim, queria em seu turno a paciência fundada, eu necessitava de mais vida para esquecer o que se passou.


  A guerra não acabou, não desisto fácil, e preciso  que olhe nos meus olhos e me dê armas para eu batalhar, ferramentas que garantirão um futuro, em suplicas lhe peço, acredite no impossível, nem que seja só por um segundo, se liberte das suas crenças e sua visão derrotista, de seu ser melindroso e seja você mesma, uma pessoa que faça, antes que anoiteça, eu me esquecer de tudo que eu sofri.

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