Pesquisar este blog

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Desconexos

  Você me chamou, eu não escutei, eu te implorei, mas foi em silêncio e teu sangue partiu, fugida de uma realidade cruel, saiu e tentou me dizer algo, apavorante sensação de estar queimando.

  Pergunto-me a razão de ti ainda perseverar em meus pensamentos, meus atos querem esquecer o passado para me encontrar no futuro, mas como deixar marcas se não há praia?

  O Sol logo aparece e meus dragões continuam a atiçar meteoros de fogo dos mais gélidos possíveis na minha mente obscura, negra pelos teus dizeres de adeus que falsamente se mostraram em sorrisos.

  Hoje te vejo feliz, mas quem na frente de uma tela não sorri sempre? Será que menti para si também ou só é mesmo uma mania reencarnacionista de me magoar, a tempos tive um sonho....

  Mistérios rondam o seu olhar, pois desde pequenina é por eles que fala tuas verdades, uma lastima poucas pessoas saberem disso, uma tristeza somente eu compreender o que seu mar verde azulado diz entre açoites nas costas de quem mais te ama.

  O poste da rua teima em apagar, imagino serem energias oriundas de meus poros, que sofridos exalam força branca tão mortal quanto seu olhar, te busco nas redondezas, em vão acordo para mais um dia em claro.

  Minha luta é me manter em pé, a batalha só termina quando o ultimo homem cair, e eu ressuscito quantas vezes for preciso para te ver, essa batalha eu não perco e você cairá, debruçará em meus ombros onde só sentira meu gozo de alegria.

  Palavras fortes para mostrar uma fonte virtual, demonstrações malucas de uma mente sem ideias povoam a esquadra de seus pensamentos que um dia lhe convencerão de que aquela montanha eu movi só para os raios celestiais brilharem em seus olhos.

  Minha capa eu guardei no armário para um dia especial, um dia em que você precisará, hoje ela fica empoeirada e ainda tem manchas, manchas de teu batom, lembranças de uma noite mágica que ainda martela.

  A chuva não vem, a única coisa que molha é a lagrima arteira que roça meu rosto, sentado no beiral da rua mergulho os pés no asfalto fofo, retiro sobre mim uma carcaça, levanto meus pensamentos aos céus,  sem antes reparar na imensidão da singularidade da luz que me ilumina e então desfaleço minha mente em frente do local onde foi nosso primeiro beijo.

Palavras desconexas sobrepostas em um texto anil, meio ocre, mas o que na vida é conexo, senão a própria “desconexidade” de nossas ações frente aos nossos olhares que teimam em sentir algo diferente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentem aqui...