Você me chamou, eu não
escutei, eu te implorei, mas foi em silêncio e teu sangue partiu, fugida de uma
realidade cruel, saiu e tentou me dizer algo, apavorante sensação de estar
queimando.
Pergunto-me a razão de ti
ainda perseverar em meus pensamentos, meus atos querem esquecer o passado para
me encontrar no futuro, mas como deixar marcas se não há praia?
O Sol logo aparece e meus
dragões continuam a atiçar meteoros de fogo dos mais gélidos possíveis na minha
mente obscura, negra pelos teus dizeres de adeus que falsamente se mostraram em
sorrisos.
Hoje te vejo feliz, mas quem
na frente de uma tela não sorri sempre? Será que menti para si também ou só é
mesmo uma mania reencarnacionista de me magoar, a tempos tive um sonho....
Mistérios rondam o seu
olhar, pois desde pequenina é por eles que fala tuas verdades, uma lastima
poucas pessoas saberem disso, uma tristeza somente eu compreender o que seu mar
verde azulado diz entre açoites nas costas de quem mais te ama.
O poste da rua teima em
apagar, imagino serem energias oriundas de meus poros, que sofridos exalam força
branca tão mortal quanto seu olhar, te busco nas redondezas, em vão acordo para
mais um dia em claro.
Minha luta é me manter em
pé, a batalha só termina quando o ultimo homem cair, e eu ressuscito quantas
vezes for preciso para te ver, essa batalha eu não perco e você cairá, debruçará
em meus ombros onde só sentira meu gozo de alegria.
Palavras fortes para mostrar
uma fonte virtual, demonstrações malucas de uma mente sem ideias povoam a
esquadra de seus pensamentos que um dia lhe convencerão de que aquela montanha
eu movi só para os raios celestiais brilharem em seus olhos.
Minha capa eu guardei no
armário para um dia especial, um dia em que você precisará, hoje ela fica empoeirada
e ainda tem manchas, manchas de teu batom, lembranças de uma noite mágica que
ainda martela.
A chuva não vem, a única coisa
que molha é a lagrima arteira que roça meu rosto, sentado no beiral da rua
mergulho os pés no asfalto fofo, retiro sobre mim uma carcaça, levanto meus
pensamentos aos céus, sem antes reparar
na imensidão da singularidade da luz que me ilumina e então desfaleço minha
mente em frente do local onde foi nosso primeiro beijo.
Palavras desconexas sobrepostas em um texto anil, meio ocre, mas o que
na vida é conexo, senão a própria “desconexidade” de nossas ações frente aos
nossos olhares que teimam em sentir algo diferente.
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