Olá você ai de cima, ser cósmico que antes brilhava e agora
em explosão resolveu sair pelo espaço a fora, a tanto tempo dedico minhas
súplicas a ti, desejos efêmeros de te ver perto de mim novamente, sentir seu
calor a cegar meus olhos, tapa olho que antes me protegia mas que agora
restringe, obliqua meu caminho, percurso que eu tive que olhar para trás para a
ver a beleza perdida das margens que por cego estar, ignorei.
Pedi aos céus em momentos de intensa obscuridade, flores do
mal, beleza urbana de achar que a realidade é fantasia e criar ilusões onde
antes nada se via. Roguei que viesse asteroide para dar nova vida a estrada que
achava perdida, mas que era eu quem não a percebia. E perceber é além de ver, é
sentir o ar refrescar seus olhos e nem chorar, pois tem a certeza que merece a
misericórdia do imperador.
Reino belo que fez meus diamantes distorcerem os passos
firmes dos mal cuidados em areia fofa, tesouros que acordam ante o imprevisível,
e não há maior surpresa do que a realidade louca de ser consciente frente aos
obstáculos vividos somente por mim.
Asteroide se me escutou desinforme esses dados de sua
central, desplugue a energia vital de seu coração, eu já me arranjei por aqui,
o reino é magico e era só eu que cego não vislumbrava o fim das agonias de
inverno nos chãos de outono. Sabe asteroide choveu aqui, molharam em mim as
lágrimas de verão do imperador, o sol despertou suas pétalas de rara beleza e em
cores frias esquentou meu semblante num sorriso sem fim.
Peço agora ser
navegante que pule esse meu pedido, o planeta é lindo e eu sou ele, como mitose
aguda visualizo o universo colorido de meus olhos no reino doce banhado por
minhas experiências de água salgada, pororoca de sentimentos que causados pelo
brilho antes emanado, mas que agora navega no espaço em busca de mais um
entrelaçar de mãos. Por isso asteroide querido jogue fora meus pedidos.
Não venha me encontrar, sou feliz nessa estrada, a cada
passo que dou me redescubro e me transformo em algo muito maior que seu poder
destrutivo, sou alma, sou cigano de Deus, sou flor, sou leão - eu, enfim sou
eu.
Voltei de meu torpor mental, vivo e energizado nos jardins
de Colon, fontes imigrantes, socorristas do universo me banharam no mosteiro,
solar a me conscientizar que as janelas da verdade olham em minha direção,
reluzem o reino em espelhos d’água, cintilações aglomeradas no visor mental de
meus novos atos.
Aqui asteroide eu me refiz, aqui me larguei, enfim nessa
estrada eu intensamente vivo as aluíras que é aprender em tenra pedra dura,
exercito meus conceitos para suportar as monções das temperaturas de meu ser.
Então não emplaque aqui seus ventos enverdejados, Asteroide
suma e desapareça, se der me esqueça, fique em si os momentos de rara tristeza
que vivi, não terás fotos e nem vídeos dos filosóficos sorrisos que dei e darei
a partir daqui, meus olhares estarão em volta a uma proteção natural, estará
belo em dizer com sentimentos o quanto viverei feliz.
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